ificuldade é o lema das equipes no Brasileirão. Não importa se o próximo adversário é lanterna ou líder isolado, o pensamento "jogo a jogo" é o mote entre atletas, diretoria e comissão técnica, que não entrega nada de forma "fácil" a ninguém. Seria lógico dizer, porém, que uma partida é mais difícil que a outra? Se sim, o confronto do Ceará diante do Grêmio-RS hoje, às 21 horas, no estádio Centenário, em Caxias do Sul, deve caber bem nesse rótulo.
Em meio ao jejum de nove jogos sem vencer, cada desafio
do Alvinegro na competição ganha contorno a mais de dramaticidade. Com a
zona de rebaixamento mais próxima do que jamais esteve, somar pontos
fora de casa vira urgência, independente do peso do confronto. "Vencer",
mais do que nunca, virou palavra de ordem em Porangabuçu.
"(O Grêmio) é um time que tem a posse, valoriza, tenta
envolver. Está bem treinado e é um time difícil, vamos nos preparar
adequadamente para fazer um grande jogo e vencê-los, essa é a intenção",
disse o técnico Adílson Batista, recém-contratado pelo Alvinegro, logo
após estrear na derrota por 1 a 0 para o Goiás, no Castelão,
na última rodada. O desejo pela vitória está sempre ali, tanto com o
torcedor quanto com o jogador. Mas na fase atual, ele se torna ainda
mais pungente.
Entendendo a necessidade da equipe de voltar a marcar
gols, o treinador montou o Ceará num 4-2-4 para encarar o Esmeraldino —
estratégia que, já no primeiro tempo, deu mostras de que não daria
certo. Para encarar o Grêmio, Adílson não descarta mudar o esquema
tático e a maneira de a equipe jogar. "(Sobre) o sistema, ainda tenho
tempo pra pensar. Evidente que pesa aquilo que aconteceu de volume (de
jogo) no segundo tempo (após mudanças no time), mas o adversário pode
trabalhar uma maneira diferente. Não vou impor meu jogo, vai ser o
adversário".
É certo que o técnico terá de pensar o time com algumas
ausências confirmadas. Desfalque, o zagueiro Luiz Otávio ainda está na
transição. Leandro Carvalho e Wescley não viajaram. Lima
pertence aos gaúchos e não pode atuar por cláusula contratual — o
meia-atacante, inclusive, passou informações sobre o adversário para
Adílson Batista. Assim, espera-se que o time seja montado de forma mais
defensiva, com um meio-campo mais recheado, contando com a presença do
volante William Oliveira, já confirmada pelo técnico.
O Grêmio, por sua vez, vive um "limbo" entre os jogos
decisivos da semifinal da Libertadores. Prejudicado pela data Fifa, o
tricolor não terá o zagueiro Kannemann, o atacante Éverton Cebolinha e o
volante Matheus Henrique, a serviço de suas seleções. O meia Jean
Pyerre participou de atividades na semana, mas sua presença está
descartada.
Quando entrar em campo na fria serra gaúcha, a 131 km
de Porto Alegre, o Ceará terá de estar extremamente focado para absorver
a pressão tanto externa, da torcida mandante, quanto interna, vinda da
cobrança dos próprios jogadores para acabar com a má fase. Em um mês com
confrontos diretos em casa e jogos espinhosos fora, a atitude do time
nesta noite pode ser decisiva para a permanência do Alvinegro na Série
A
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