Ter um time formado por pintores, burocratas, comerciantes e
funcionários públicos não é exatamente algo raro na Nova Zelândia, que
tem sua liga formada por times amadores. Para poder jogar em alto nível,
a ponto de sonhar jogar contra o Real Madrid, é preciso uma logística
adequada durante a temporada, que vai de outubro a maio.
- Todos os times na Oceania são amadores. No nosso caso, treinamos à
noite, quatro vezes por semana. Isso não quer dizer que não possamos nos
dedicar 100% em treinos físicos. Estamos muito perto do programa de um
time profissional. Nossos jogadores – completou o treinador, desde 2012
na Nova Zelândia.
Team Wellington em Abu Dhabi — Foto: Reprodução / Instagram
Fundado em 2004, o time da capital neozelandesa bateu na trave em três
ocasiões ao amargar o vice-campeonato da competição continental 2015,
2016 e 2017 justamente para o rival local Auckland City (que representou
o continente em sete edições do Mundial). Campeão nacional em 2016 e
2017, o Team Wellington vê no Mundial uma oportunidade nova.
- Estamos animados. É um torneio de grande nível e estamos ansiosos.
Poderemos nos testar fora do mundo da Oceania – completou o treinador,
que estará à frente da seleção da Nova Zelândia no Mundial Sub-17, no
Peru, em 2019.
Team Wellington, em campo modesto na Nova Zelândia — Foto: Reprodução / Instagram
Para conquistar o inédito título continental, o time da capital
neozelandesa passou em primeiro na primeira fase, nas Ilhas Salomão, e
atropelou o Lae City Dwellers, de Papua Nova Guiné por 11 a 0 nas
quartas. Depois passou pelo heptacampeão Auckland City com dois empates
(0 a 0 em casa e 2 a 2 fora) nas semifinais até derrotar na grande
decisão o Lautoka, de Fiji, por 6 x 0 e 4 x 3.
- Dedicamos muitas horas por semana, em cada treino, em cada jogo...
Por isso, é uma recompensa por todo o nosso esforço. Eu acho que nós
merecemos estar no Mundial – disse o meia Mario Barcia.
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