Ciao, Lucas Paquetá! A saudação que em italiano serve para "oi" e
"adeus" cabe para Flamengo e Milan na noite desta terça-feira. O
rubro-negro carioca acertou a negociação do camisa 11 para o milanês, e
exames médicos serão realizados nesta semana para concretizar a
transação. A informação foi dada pelo canal "Rafla Mengo", e confirmada
pelo GloboEsporte.com.
Firme na decisão de contratar o jovem de 21 anos, o Milan atravessou as
conversas bem adiantadas com o Paris Saint-Germain e venceu a disputa. A
proposta de ambos é similar: cerca de 35 milhões de euros mais bônus
por desempenho. Pesou a favor dos italianos a forma incisiva de condução
das conversas e uma possibilidade maior de aproveitamento de Paquetá.
A transação foi conduzida pelo brasileiro Leonardo, apresentado em
julho pelo fundo americano Elliot, que conduz o clube, como diretor
esportivo. Desde o primeiro momento, o ex-lateral-esquerdo, revelado
pelo próprio Flamengo, colocou Lucas Paquetá como alvo com a aprovação
do treinador Gattuso.
Com o encaminhamento do acerto com o PSG, inclusive com o lobby de
Neymar junto ao jogador, o Milan oficializou a proposta e seduziu os
rubro-negros. Fontes ligadas a alta cúpula do Flamengo revelam que o CEO
Bruno Spindel foi responsável por definir os detalhes finais da
transação, pessoalmente em Milão.
O GloboEsporte.com não conseguiu contato com o empresário do jogador,
Eduardo Uram. Em todas as tentativas no fim da noite de terça-feira e
início da madrugada de quarta, o telefone caiu na caixa postal.
Venda abaixo da multa
Paquetá deixa o Flamengo em janeiro — Foto: Marcos Ribolli / GloboEsporte.com
Os valores envolvidos na transação em momento algum chegaram próximos
dos 50 milhões de euros previstos como cláusula de rescisão contratual.
Desde o início do assédio a Paquetá, era consenso entre as partes de que
a quantia é utópica para um jogador acima dos 20 anos em análise do
mercado internacional.
Destaque do Flamengo ao longo da temporada, Lucas Paquetá recebeu três
sondagens mais fortes desde a janela de verão na Europa: Barcelona, PSG
e, por último, Milan. Os catalães aguardaram o desenrolar do mercado
para tomarem uma atitude mais firme, com os franceses as conversas
avançavam, até que os italianos colocaram a proposta no papel e
apresentaram um projeto de carreira.
A intenção é que Paquetá seja tratado como Kaká no início dos anos
2000, com todo suporte para evoluir futebolisticamente com a camisa
rossonera. Além disso, entende-se que no Milan o meia-atacante terá mais
oportunidade de ter sequência de atuações e adaptar-se ao futebol
europeu com maior facilidade. Por tabela, com mais chances de ser figura
constante na seleção brasileira.
Em agosto, Lucas Paquetá ganhou experiência na Seleção com Tite — Foto: Pedro Martins / MoWA Press
Lucas Paquetá estreou pelo profissional do Flamengo em março de 2016,
após se destacar no título da Copa São Paulo daquele ano, mas demorou a
ser firmar sob o comando de Zé Ricardo. A maré mudou com Reinaldo Rueda,
que escalou o jovem como centroavante nas finais da Copa do Brasil e
Sul-Americana do ano passado.
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