O Cruzeiro está na final da Copa do
Brasil. Em duelo na noite desta quarta-feira, no Mineirão, a Raposa
empatou com o Palmeiras por 1 a 1 e se garantiu na decisão do torneio
para enfrentar o Corinthians em busca do bicampeonato consecutivo após
triunfo magro no Allianz Parque. Barcos aplicou novamente a Lei do Ex no
primeiro tempo morno, Felipe Melo empatou na etapa final, mas o Verdão
não conseguiu a virada que levaria para os pênaltis.
Antes de a bola rolar, a festa já era
espetacular no Mineirão. Animada, a torcida do Palmeiras cantou sem
parar desde o início do aquecimento de seus goleiros até o final dos
trabalhos em campo, com cantos de “time da virada” e “Palestra Itália só
tem um”. A torcida celeste, guardando os gritos para quando a bola
começasse a rolar, e talvez prevendo o final feliz, pouco se manifestou.
Fugindo do habitual, a equipe de
Luiz Felipe Scolari fez um longo aquecimento: entrou antes e deixou o
gramado depois dos cruzeirenses. Tudo com o intuito de ‘sentir’ o jogo.
Mas quando o árbitro Wagner Magalhães apitou o início da decisão, os
alviverdes pareciam ainda não ter entendido a dinâmica da partida.
Precisando
de ao menos um gol, o Verdão entrou receoso de ver sua defesa vazada e
permitiu que o Cruzeiro acalmasse os ânimos no início. O desempenho ruim
de Borja, Marcos Rocha e Willian, além de todo o setor de meio-campo,
somado à linha defensiva baixa, fez com que a Raposa tivesse
tranquilidade para se defender, retomar as segundas bolas e avançar com
espaço.
E justamente em uma sequência de erros
individuais, o Cruzeiro abriu o placar aos 26 minutos do primeiro tempo.
Diogo Barbosa perdeu disputa no ataque, Antônio Carlos tentou deixar
Barcos impedido, mas errou, e Weverton foi lento ao sair do gol e tentar
abafar o argentino, que o driblou e mandou para as redes. Foi a nova
‘Lei do Ex’ na semifinal, já que o camisa 28 já havia marcado no Allianz
Parque.
O Palmeiras não conseguia furar o bloqueio
defensivo dos mandantes, e a primeira e única finalização da equipe na
etapa inicial saiu apenas aos 39 minutos, com Moisés, que obrigou bela
defesa de Fabio. O Cruzeiro ainda teve nova chance antes do intervalo,
quando Rafinha se aproveitou de novo erro de Marcos Rocha, escolha de
Felipão para a partida, mas bateu fraco. Apenas três chutes no total em
45 minutos iniciais de pouca inspiração dos dois lados.
Segundo tempo ganha em emoção, Palmeiras reage, mas não o suficiente
Ao apito final do primeiro tempo, a
torcida visitante, muito barulhenta durante todo o jogo, se calou de
preocupação. O Palmeiras de Felipão havia saído atrás no placar apenas
três vezes, sem ter conseguido vencer em nenhuma destas (duas derrotas e
um empate). Bastaram quatro minutos após o intervalo, porém, para a
esperança e os gritos voltarem ao lado verde das arquibancadas.
Após reclamar muito com Borja durante todo
o primeiro tempo, Felipão sacou o colombiano, junto com Bruno Henrique,
e colocou Deyverson e Guerra em campo. E com quatro jogados, Dudu
cobrou escanteio, Felipe Melo ganhou de Dedé pelo alto, mandou para as
redes e fez renascer a esperança palestrina. Redenção para o camisa 30,
único volante em campo e que havia acabado de levar um cartão amarelo.
O gol fez o Palmeiras adiantar suas linhas
e pressionar o Cruzeiro, que permitiu o abafa na esperança de conseguir
um contra-ataque para matar o jogo. Mano Menezes sacou Thiago Neves e
Barcos para as entradas de Bruno Silva e Sassá. As alterações fecharam
ainda mais a equipe, mas o centroavante deu muito trabalho em jogadas de
pivô na frente.
O posicionamento ofensivo fez o Alviverde
levar perigo, mas erros de passe, a falta de ritmo de jogo de Guerra,
que se movimentou bem, mas esteve mal tecnicamente e o cansaço pelos
mais de oito mil quilômetros de viagem em uma semana não permitiram o
segundo gol visitante.
O Cruzeiro, por sua vez, melhor
fisicamente, equilibrou as ações nos 15 minutos finais e quase balançou
as redes em cabeçada de Dedé. A defesa de Weverton, porém, não fez falta
para a Raposa, que com o empate por 1 a 1, se classificou à final da
Copa do Brasil.
Após o apito final, a bonita festa no
Mineirão se transformou em cenas lamentáveis. Um entrevero generalizado
entre os atletas, com direito a socos desferidos dos dois lados causou a
expulsão de Diogo Barbosa e Mayke pelo lado palestrino, e Sassá pelo
time celeste.
FICHA TÉCNICA
CRUZEIRO 1 x 1 PALMEIRAS
CRUZEIRO 1 x 1 PALMEIRAS
Data: 26 de setembro de 2018, quarta-feira
Local: Estádio do Mineirão, em Belo Horizonte
Horário: 21h45 (de Brasília)
Árbitro: Wagner Magalhães (Fifa)
Assistentes: Rodrigo Correa (Fifa) e Kleber Lúcio Gil (Fifa)
Cartões amarelos: Egídio (CRU); Felipe Melo, Borja, Deyverson, Antônio Carlos e Willian (PAL)
Cartões vermelhos: Sassá (CRU); Mayke, Thiago Santos e Diogo Barbosa (PAL)
Gols:
CRUZEIRO: Barcos, aos 26 minutos do 1º Tempo
PALMEIRAS: Felipe Melo, aos 4 minutos do 2º Tempo
Local: Estádio do Mineirão, em Belo Horizonte
Horário: 21h45 (de Brasília)
Árbitro: Wagner Magalhães (Fifa)
Assistentes: Rodrigo Correa (Fifa) e Kleber Lúcio Gil (Fifa)
Cartões amarelos: Egídio (CRU); Felipe Melo, Borja, Deyverson, Antônio Carlos e Willian (PAL)
Cartões vermelhos: Sassá (CRU); Mayke, Thiago Santos e Diogo Barbosa (PAL)
Gols:
CRUZEIRO: Barcos, aos 26 minutos do 1º Tempo
PALMEIRAS: Felipe Melo, aos 4 minutos do 2º Tempo
CRUZEIRO: Fábio; Lucas
Romero, Léo, Dedé e Egídio; Henrique, Lucas Silva, Thiago Neves (Bruno
Silva) e Robinho (Mancuello); Rafinha e Barcos (Sassá)
Técnico: Mano Menezes
Técnico: Mano Menezes
PALMEIRAS: Weverton;
Marcos Rocha, Antônio Carlos, Edu Dracena e Diogo Barbosa; Felipe Melo,
Bruno Henrique (Guerra) e Moisés (Jean); Dudu, Willian e Borja
(Deyverson)
Técnico: Felipão
Técnico: Felipão
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